quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Quem são os palhaços?

Texto feito para a Revista ClickRec

No país da piada pronta, nada mais nos surpreende.

Há menos de dois meses umas pessoas adentravam na sua casa todos os dias nos horários mais inconvenientes. Na hora do jantar, antes da novela e depois do Jornal Nacional. Na hora do almoço, assim que acabava o Globo Esporte. De manhã cedo você queria ouvir Geraldo Freire, mas essa galera também tinha invadido o seu rádio.

Lembra de tudo que eles falaram sem você ter perguntado nada?

Lembra que uma parte deles disse que se recebesse um voto de confiança seu aumentaria o próprio salário em mais de 60% e passaria a receber mais de R$ 26 mil?

O quê? Você não se lembra disso? Mas certamente você lembra o rostinho que apareceu na telinha daquela maquininha quando você apertou quatro dígitos? Não vai dizer que já esqueceu?

Você já ficou constrangido quando um palhaço, aqueles de circo ou de festas infantis, riu de você?

Sinta assim, porque Tiririca está rindo desde que soube do salário que vai ganhar a partir de janeiro. “Cheguei com sorte” falou o novo parlamentar ao saber que os companheiros de trabalho tinham conseguido aumentar a remuneração no mesmo dia que ele visitou pela primeira vez local onde vai dar expediente pelos próximo quatro anos.

Depois de ler tudo isso, ponha a mão no bolso e veja quanto você tem e no final ria de tudo isso. Afinal, estamos no país da piada pronta

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Preso no banheiro

Ao ler que uma idosa francesa de 69 anos ficou trancada no banheiro de sua casa por 20 dias, após o trinco da porta ter quebrado, lembrei que a mesma situação já aconteceu comigo. Mas ao contrário da velhinha francesa, passei apenas 20 minutos preso dentro de um banheiro.

Foi em uma das muitas festas mais loucas da minha vida. Festa essa que aluna se agarrou com professor para passar de ano, que a piriguete da turma foi flagrada pelo namorado com um surfistinha/maconheiro sem cérebro e o corno ainda foi chorando para casa, que um bêbado meteu o carro no muro do prédio e o cara que ia tocar na festa desapareceu de repente.

Já tinha reparado que a fechadura daquele banheiro não era muito confiável. Na primeira visita ao recinto deu para perceber que com um pouco mais de força aquele trinco cairia pelo lado de fora da porta.

Som passado, todo mundo já no clima para o rock n’ roll, estava na hora daquele xixizinho básico antes de subir no palco. A maçaneta na mão após passar pela porta velha e desgastada pela umidade e maresia do bairro praiano fez com que o desespero chegasse antes da urina na água do vaso sanitário.

Não sei se aquilo foi claustrofobia, já que o lugar tinha menos de dois metros quadrados de área, mas o fato de saber que o teor alcoólico dos presentes já estava bem elevado e som alto da festa poderiam me deixar, sabe-se lá quanto tempo, ali dentro foi um dos momentos mais angustiantes dos meus 26 anos.

Por sorte, acaso, coincidência, destino, providência divina ou algo que o valha, um amigo que tinha 2,01 metros de altura também sentiu necessidade de ir ao toalete e foi neste momento que a tensão foi passando.

- Me tira daqui!!!!

- Quem é que tá aí dentro?

- Sou eu! Mas o que importa isso agora? Você não quer mijar? Então arruma alguma forma de abrir essa porta, pelo amor de Deus!!!

Bastaram apenas dois chutes para que o pé número 45 que calçava um coturno velho adentrasse aquele espaço levando a porta abaixo.

Já no fim da festa vim saber que não foi por sorte, acaso, coincidência, destino, providência divina ou algo que o valha que fiquei preso naquele banheiro. Como eu, outras pessoas também perceberam que era só questão de tempo para um otário ficar preso ali dentro.

Alguns “mui amigos” arrancaram a maçaneta do lado de fora do banheiro e deixaram a porta aberta. Eles não esperavam que otário que iria ficar preso era o vocalista da banda que iria se apresentar. Resultado: Show atrasou, mas a festa seguiu na maior normalidade. (Se é que isso fosse possível).

Ah! A senhora francesa que ficou vinte dias em situação parecida com a minha sobreviveu tomando água da torneira. Ela foi resgatada por um vizinho e levada para o hospital e continua internada, segundo um jornal francês. Que ela tenha uma boa recuperação.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A polêmica das eleições polonesas


Passada a campanha eleitoral do nosso país que elegeu palhaços e outros tipos de políticos, me deparo com uma notícia das eleições na polônia e eu acredito que em muito pouco tempo chegue a terras tupiniquins.

A cantora polonesa Sara May, um celebridade nos tabloides do país, distribuiu cartazes em que aparece de biquíni provocante, espreguiçada na areia, como parte de sua campanha eleitoral para um cadeira na Câmara de Vereadores de Varsóvia nas eleições municipais de 21 de novembro.


Mesmo podendo, a Mulher Melão e a Mulher Pêra não usaram de tal artifício em suas campanhas para deputada. Infelizmente.

No bairro de Bemowo, em Varsóvia, é possível encontrar vários cartazes com o nome de Sara e o slogan “Bonita, independente, competente”.

Por mais bizarro que pareça, as discussões na polônia não são sobre as palavras dos cartazes e sim que a foto da cantora foi melhorada digitalmente. Creio que essa discussão possa mudar o rumo da campanha no leste europeu.

Ao que parece, eleições são iguais em todas as partes do planeta. A diferença é que na polônia o/a Tiririca deles é bem melhor do que no Brasil.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Lojinha

Esse blog nunca teve e nem pretende ter fins lucrativos. Porém, muito jornalista que eu conheço gostaria de trabalhar em casa somente atualizando posts.

Não tenho esta possibilidade e ainda quero passar muito tempo na rua em busca de informações.

Mas, surgiu a oportunidade, junto com um amigo, de produzir camisetas com a marca do blog.

Então, por que não colocá-las na vitrine?

Esse modelo da figura é só uma amostra. As camisas tem em todos os modelos e cores e sempre com o boneqinho malokero estampados na frente e o endereço do blog nas costas.

Quem quiser e puder colaborar com a divulgação do blog através das camisetas faça seu pedido comentando este post ou envie um e-mail para gildcley@gmail.com

Ah! o preço? Isso a gente negocia!

Parafraseando Samuel Blaunstein: "Fazemos qualquer negócio!"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A lei seca da internet

Realmente nunca tive essa experiência, mas amigos próximos não recomendaram tuitar, usar o MSN, Orkut, facebook e demais redes sociais quando estiver em estado etílico avançado.

Segundo eles, as conseqüências de tal ato podem ser devastadoras.

Diante deste problema, Um grupo de segurança informática na internet criou uma nova ferramenta com a finalidade de impedir que bêbados 2.0 utilizem as redes.

A ferramenta, chamada "teste de sobriedade para redes sociais", é gratuita para os usuários do navegador Firefox (veja aqui). Ela pede que os internautas se submetam a um exame de coordenação antes de acessar os sites de socialização favoritos.

Em vez de pedir para que a pessoa cruze as pernas e se equilibre em apenas um pé simulando o número quatro, pedir para o usuário andar em linha reta e falar sem enrola a língua, um dos testes vai exigir que a pessoa mantenha o cursor do mouse no centro de um círculo em constante movimento e outro que se identifique corretamente uma série de luzes intermitentes.


Se não conseguir não acessa os sites e evita de escrever besteira.

O Google propõe uma ferramenta similar aos usuários do Gmail, obrigando-os a resolver cinco problemas matemáticos simples em menos de um minuto para poder enviar um e-mail.


Resumindo, já não pode beber e dirigir, não pode beber e torcer dentro do estádio, agora vai ter blitz Lei Seca na internet. Não se espantem se um dia pedirem para você fazer algum teste de embriaguez antes de pedir uma singela cerveja.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Não ponha na prática tudo o que ler

Ele não tinha nenhum tipo de deficiência na dicção. O apelido de Mudinho era pelo fato de ser muito tímido e quase nunca se colocar nas rodas de conversa dos amigos.

Mudinho era mais um entre os diversos garotos que passavam as noites na garagem de um prédio tocando violão e falando bobagens como futebol e vídeo-game. As garotas também se concentravam naquele prédio e algumas vezes se misturavam aos rapazes e aí as conversas iam muito além de diversão e música.

Como a média de idade daquele grupo girava em torno dos 16 anos, é claro que o assunto sexo também era abordado. Rolava sempre as paquerinhas e alguns ali já haviam ficado.

Naquela noite chegou a vez do mudinho trocar saliva com Monique, garota desprovida de altura e de alguma vezes de inteligência.

Depois de alguns minutos do período de reclusão do casal por trás de um Monza modelo 1989, o grupo de adolescentes ouviu um forte barulho e viu Monique correndo e gritando com as mãos no rosto.

- Socorro! Socorro!

Logo atrás, O Mudinho vinha levantando a bermuda e gritando:

- Puta! Eu vou matar essa rapariga!

Espantados ao ver o amigo de um jeito jamais visto na história daquele condomínio, os garotos correram para segurar o menino das poucas palavras. Indagado sobre o que tinha acontecido, o Mudinho relatou ofegante e com muito vermelho.

- Essa puta enfiou o dedo no meu rabo! Não tive dúvida desci a porrada nessa piranha!

Muitos dizem que essa foi a primeira experiência sexual do Mudinho. Antes disso, só a revista da Scheila Carvalho tinha sido tão íntima dele.

E o que tinha levado Monique a empalar o coitado do Mudinho? Algum tempo depois, as amigas da praticante do sodomismo revelaram que a menina tinha lido na Capricho, A Revista da Gatinha, que aplicar o fio terra era receita certa para conquistar garotos tímidos.

Ao que parece hoje em dia o Mudinho já superou o trauma e é até um cara mais comunicativo. Está casado e tem dois filhos.

Depois do incidente que resultou em um hematoma no olho direito, Monique, envergonhada, deixou de andar com aquele pessoal. Pelo que dizem hoje ela é uma baladeira de primeira e possivelmente já tirou o selo de muitos carinhas por aí. Se ainda põe em prática tudo que é publicado em revistas teens, isso continua um mistério.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cada banda tem o fã que merece


Fã é uma das espécies mais chatas do mundo. A própria palavra é uma abreviação de fanatismo e todo fanatismo é perigoso.

Gostar de alguém ou de algo é salutar e inerente a todo ser humano. Mas fazer dessas coisas, objetivos de vida e se importar mais isso do que com a própria vida já é demais.

O Weezer foi uma das bandas mais influenciaram o Los Hermanos no começo da carreira da banda carioca. E além de inspirar musicalmente, parece que também deu a herança maldita de fãs chatos.

Desde que anunciaram a mini-turnê de “volta” pelo nordeste que trupe de Camelo & Amarante vem causando histerismos, principalmente na capital pernambucana, onde sempre fizeram bons shows. No Recife, boa parte dos ingressos já foram vendidos há cerca de dois meses.

Os apreciadores da primeira fase ska/hardecore dos Los Hermanos bem que podiam fazer um movimento semelhante aos dos admiradores da banda americana.

Um grupo de fãs da banda Weezer resolveu oferecer dinheiro para que a banda pare de tocar.

Frustrados com o declínio da banda, que segundo eles não conseguiu superar o álbum "Pinkerton" (1996), eles estão arrecadando US$ 10 milhões para oferecer aos integrantes do grupo como recompensa pela aposentadoria "forçada".

"Todos os anos, Rivers Cuomo (cantor, compositor e guitarrista) jura que mudou e que o novo disco vai ser o melhor que eles fizeram desde 'Pinkerton', mas aí vem outro monte de porcarias", contou James Burns, criador da campanha.

O baterista da banda, Patrick Wilson, comentou no Twitter que se a campanha arrecadar US$ 20 milhões eles farão uma "parada de luxo".

Até o momento, a campanha arrecadou apenas US$ 273.

Na minha opinião, tanto Weezer quanto Los Hermanos continuam fazendo canções muito boas, mas evidente que com o passar do tempo as coisa foram mudando. O LH passou de um som mais pop para uma música underground/cabeça às vezes chata, enquanto o weezer vez o caminho contrário.

Os fãs das duas bandas se merecem e deveriam fazer coisas mais produtivas na vida do que cortar os pulsos porque os “ídolos” estão os decepcionando.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Para não esquecer dos amigos nas festas


Essa é uma história quase inverídica da adolescência de um futuro jornalista.

Eles iam para todas as festas de quinze anos do bairro. Todas as pessoas entre 14 e 17 anos de alguma forma se conheciam naquele local. Porque estudava na mesma escola, tinham amigos em comum ou freqüentavam o mesmo grupo de jovens na igreja.

Em maio daquele ano seria a festa da Isabela, uma das meninas mais bonitas e ricas da turma. A expectativa para o baile de debutante da bela já estava na conversa do pessoal, pelo menos, desde o começo do ano.

O tempo foi passando e nada do convite cintilante com lacinhos cor de rosa chegar às mãos da rapaziada, isso foi dando certa aflição. De todo jeito eles iriam para festa. Eram peritos em ser penetras e saírem da festa como o grupo que realmente animava as baladinhas.

Mas não imaginavam que a Isabela iria deixá-los de fora do momento que toda garota se envergonha dez anos depois.

Já estava na semana do baile e nada de chegar o convite daquela galera. Na sexta-feira, um dia antes dos festejos, o magricelo da turma encontrou com a aniversariante em um supermercado.

- E aí Bela? Pô, não recebi ainda o convite do teu aniversário!

Envergonhada com a cara de pau do magrinho, respondeu rosada como a blusa que vestia:

- Ah! Foi mal! Acabaram os envelopes, mas ia te ligar hoje. Pode ir lá amanhã que o seu nome vai está na lista de convidados na portaria do clube.

- Certo. Mas toda a galera lá da rua tá esperando ser chamada também!

- É? E quem são?

Saiu detalhando o nome e o perfil da cada amigo, como se fosse necessário. Ela conhecia todos. Inclusive já tinha ficado com alguns. Mas Isabela estava naquela fase em que a garota descobre que é gostosa e evita a turma do passado para não queimar o filme com os novos amigos. No caso dela, esses novos amigos eram muito mais almofadinhas do que aquela rapaziada que passava o dia na rua jogando bola e aprendendo os primeiros acordes de violão graças ao Nirvana.

- Vixi! Contigo são dez pessoas, né?

- Qual é Bela? Vai barrar a galera?

- Não! De forma alguma! Pode avisar ao pessoal que o nome de todos estará na lista amanhã.

Como o solicitado, tratou de dar a notícia para todos e no sábado estavam lá. Não muito bem alinhados, mas de forma apresentável e em número maior do que o informado pelo magrinho no dia anterior, afinal festa que se prese tem que ter penetras.

- Como assim, o nosso nome não tá aí?

- Não está! – Falou mansamente o segurança que tinha um bigode idêntico ao do Rivelino.

- Pô magrinho, tu não falou que o nome da gente ia tá na lista?

- Ela me garantiu!

- Chama ela aqui, por favor, Riva.., quer dizer tio!

- Não posso sair daqui! – Já falou meio injuriado com aqueles moleques o bigode de curió.

Por força do acaso ou não, a debutante passou naquele momento em frente à portaria. Como um bando de esfomeados vendo o caminhão da ONU chegar os gritos e os empurrões nos seguranças chamou a atenção da aniversariante.

- E aí meninos, o que houve? – Falou com a cara de pau de um político em época de campanha a bela Isabela.

- Porra Bela! O que foi? Tu tá barrando a gente da tua festa e ainda pergunta o que foi?

Depois de uma breve conversa entre os penetras, seguranças, a debutante e os pais dela foi autorizada a entrada do grupo que ficou em uma mesa fora do salão de baile e que um brigadeiro chegava a cada trinta minutos.

Revoltados com a situação, decidiram armar um plano para estragar a festa da menininha que fez de tudo para que eles não estivessem ali.

- Já achei! – Disse o baixinho do grupo que ficou encarregado de descobri onde era o quadro de energia do clube.

- Beleza! Agora é só esperar a hora da valsa para entrar em ação. – Determinou o magrinho autor do plano.

Chegado o momento em que os quinze almofadinhas estavam ao lado das quinze patricinhas vestidas de sonho de valsa, aos olhos de um monte de coroas que conseguem achar aquilo bonito, os moleques resolveram botar em prática o mirabolante plano.

O baixinho executou perfeitamente a sua função de quebrar com uma pedra o quadro de energia do local. E ação saiu melhor do que a encomenda, além do clube, toda a rua ficou sem luz.

A segunda parte da ação também foi feita de forma exemplar. Os dois mais velhos da turma e que lutavam jiu-jitsu foram os encarregados de sair empurrando tudo e todos que (não) viam pela frente enquanto o restante do grupo vinha atrás carregando o bolo de três andares para fora do estabelecimento.

Escondidos em uma casa abandonada que ficava a cinco quarteirões do clube, os pequenos vândalos de classe média se empanturravam do bolo de frutas cristalizadas e glacê. Jogaram fora mais da metade do bolo.

Dez anos após o episódio, o fato sempre é relembrado pelo grupo de amigos que hoje é formado por trabalhadores autônomos, engenheiros, jornalistas, tatuadores e vendedores de veículos.

A Isabela continua bonita e ainda mais rica. Nunca mais teve contato com a turma que marcou de forma traumática o seu baile de debutante, com exceção do magrinho, que ela jura até hoje, não ter participado daquela ação. Inclusive ele já recebeu o convite para o casamento dela, que será no final do ano. O magrinho promete que irá ligar para Isabela em breve para perguntar se ela não vai chamar o velho grupo de amigos daquele bairro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Imprensa maconheira


Mais uma história quase inverídica do jornalismo pernambucano.

Mais uma manhã de apresentação de materiais e traficantes apreendidos pela Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil de Pernambuco. E como sempre, toda a imprensa lá, até porque não havia mais nada de relevante acontecendo naquele dia na Região Metropolitana do Recife.

Antes de começar o pronunciamento oficial, o delegado responsável pela operação ia recebendo, cordialmente, todos os jornalistas que ali chegavam e já adiantando como tinha sido todo o trabalho.

- Já estávamos investigando essa quadrilha há um certo tempo e graças ao belo trabalho dos policiais conseguimos êxito em mais essa ação. – Falava o delegado, repetindo o discurso de todo o chefe de polícia, parecendo até jogador de futebol que também usa a mesma resposta para todas as perguntas.

- Apreendemos três pistolas, vinte pedras de crack e nove cigarros de maconha e cerca de quatrocentos reais. - continuou

- Delegado, não foram oito cigarros de maconha não? – Perguntou uma jovem repórter de TV.

- Não. Foram nove. – Falou com um certo desdém o delegado.

- Então, porquê só tem oito aqui? – Apontou a repórter para mesa onde estava todo material anunciado pelo delegado.

- Puta que pariu! Que porra é essa? Eu mesmo que coloquei aqui a merda desses baseados e contei um por um. Imagina o que vocês vão colocar amanhã nos jornais?

Silêncio de velório misturado com uma enorme vontade de rir dentro da sala depois do chilique do delegado.

- O negócio é o seguinte, vocês acompanham sempre os nossos trabalho, vocês estão aqui fazendo matérias todas as semanas, sempre estou à disposição de vocês (essa parte que ele falou é uma grande mentira) e quero resolver isso de maneira amigável. – falou em um tom mais ameno o chefe de polícia.

Com excesso de pessoas na sala, cerca de 15, entre repórteres, cinegrafistas e fotógrafos, e, levando em conta a grande fama de que na imprensa a maioria das pessoas é chegada a queimar um fumo não legal, o delegado decidiu é resolver a solução de forma salomônica.

- Como sou amigo de todo mundo e quero resolver isto numa boa, vou fazer o seguinte. Todo mundo fica aqui perto da mesa e eu vou apagar a luz, quando ligar, quero que o baseado esteja de volta ou todo mundo vai ser revistado e o engraçadinho que fez isso vai ser autuado em flagrante.

Mesmo constrangidos todos acataram a opinião do policial e se aproximaram do local indicado.

Na volta das luzes, eis que não estão mais oito cigarros de maconha apareceram, desta vez dez baseados estavam estendidos sobre a mesa da delegacia.

Diante do fato, não foi possível conter a gargalhada.

- Puta que pariu! Precisava roubar? Era só falar com a gente numa boa que dava para arrumar um beck. E outra: Cara de pau do caralho! O cara vem fazer a matéria no Denarc e ainda trás um bagulho no bolso. - Comentou o delegado não conseguindo conter o riso.

Até hoje não se sabe de quem era a maconha extra, mas tudo leva crer que era de um fotógrafo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mostrando trabalho

Muita gente pediu para ouvir as matérias nas quais eu fui vencedor dos prêmios que informo no meu perfil aí dolado direito do seu monitor.

As poucos irei divulgar estas e outras matérias legais produzidas por mim e ppelos companheiros de todos os dias no trabalho.

Quem quiser conferir a série de reportagens "O Poder que Abusa" que foi vencedora na categoria rádio do 5º prêmio Tim Lopes de Jornalismo, basta clicar aqui.

As matérias mostram se existe morosidade ou não em casos de violência sexual contra menores quando o acusado do crime é alguém com algum status na sociedade.

Os casos abordados na série é de um vereador da cidade de primavera que teve a prisão preventiva pedida pela Pol´cia Civil de Pernambuco e pelo Ministério Público por favorecimento a prostituição infantil, mas teve o pedido negado pelo juiz da cidade. Em Barreiros, na mata sul de Pernambuco, o ex-vice-prefeito da cidade teve seu nome incluindo em um relatório sobre exploração sexual de crianças e adolescentes, feito pela Secretaria de Defesa Social. Até hoje a denúncia não chegou ao Ministério Público. Os outros dois casos dão conta de dois juízes de cidades do interior acusados de corrupção dde menores e pedofilia. Um deles, segundo a população da cidade, convive com um menor em uma relação de conjugal.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Inventaram a cerveja frita

Acredito que achei um aperitivo melhor do que batata frita para as minhas investidas nos bares mundo adentro.

A porção de “Tô Liso” (como diria meu companheiro de projeto experimental, Adonay Carvalho, por sempre as batatas fritas serem o tira gosta mais barato do cardápio) está prestes a ser colocada em desuso a partir do momento que chegaram ao Brasil os pastéis de cerveja.

O gênio responsável de colocar em um único lugar a bebida e tira gosto junto tem o nome de Mark Zable. Ele vai apresentar a novidade no próximo dia 26, na Feira Estadual do Texas, que traz exposições e competições em diversas áreas.

O prato, que estou louco para provar, trata-se de um pastel, no formato de um ravióli, recheado com cerveja e mergulhada em óleo quente.

Uma porção com cinco raviólis será vendida durante a feira por US$ 5, o equivalente a cerca de R$ 9. O que representa três cervejas na Praia de Boa Viagem, se pechinchar bem.

Mark Zable afirma que o processo, que demorou três anos para ser criado, está sendo patenteado sob o nome "fried beer" ("cerveja frita"). O maior desafio, segundo o chef, era evitar que a cerveja entrasse em contato direto com o óleo quente.

Como não tenho nenhum dote culinário, e sim degustativos, peço para os meus amigos gastrônomos (que de uma hora para outra virou o curso da moda) para criarem a cerveja de amendoim. Um bom produto que também vai unir dentro de uma garrafa a bebida e tira gosto.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Está chovendo merda na França

Em 26 anos de vida nesse lugar assombroso que chamam de mundo já ouvi/vi/li diversas coisas que sempre me levam a um único pensamento; “Onde esse mundo vai parar?”.

Depois de já ter ouvido falar em chuva ácida, chuva de granizo, chuva de vento, chuva de canivetes e inclusive de água, eis que agora na França deu para chover merda!

Isso mesmo, cocô, Excrementos ou como queiram chamar.

Desde maio que o vilarejo de Saint-Pandelon, no sudoeste do país de Sarkozy, que os moradores se queixam de gotas marrons que caem do céu, com cheiro e textura de matéria fecal.

No começo da temporada das tempestades fedrentas, os 750 moradores do local achavam a história engraçada. Passados 4 meses das contantes quedas de merda do céu, os franceses estão ficando preocupados com a frenquencia da incômoda garoa, que deixam parte da cidade com o ar irrespirável.

As crianças não podem mais brincar nas ruas e os moradores estão evitando comer as frutas e legumes das hortas locais. Eles também não fazem mais churrascos ao ar livre nesse período do verão na Europa.

A primeira hipótese levantada pelos moradores para explicar o fenômeno foi a de que aviões estariam despejando o conteúdo de seus banheiros sobre a região.Mas isso seria impossível, afirmou a Direção Geral da Aviação Civil da França, acrescentando que "os aviões de linha são pressurizados e não é possível despejar o conteúdo de banheiros ou de nenhuma outra coisa".

Segundo a polícia o que pode estar causando a chuva de bosta são passarinhos cagões de uma espécie conhecida como andorinhões, que se instalarm no vilarejo durante a estação.

"Esse pássaro tem a particularidade de voar o tempo todo e se alimentar em pleno voo. Por isso as fezes caem durante o dia e à noite", afirmou o capitão Michel Brethes, da polícia militar de Dax, nos arredores do vilarejo de Saint-Pandelon.

Um laboratório da região realizou neste mês pesquisas científicas com o material coletado e confirmou que as "gotas" que cairam do céu são excrementos de origem animal, mas não conseguiu solucionar totalmente o mistério."Nas amostras analisadas, não encontramos bactérias específicas das fezes humanas. Mas não podemos dizer a qual tipo de animal esses excrementos correspondem", afirmou Alain Mesplède, diretor do laboratório de análises científicas da região.

Esperamos que essas aves não sejam migratórias e que nos próximos meses estejam por aqui expelindo sobre nossas cabeças. Acredito que já tenha pombos demais nos céus para realizar este serviço.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A saga da depilação cavada

Texto retirado do ótimo blog Como Usar Calcinha, que está na sessão "Recomendáveis", logo aí do lado.


“Tenta sim. Vai ficar lindo.”

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- “Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- “Vai depilar o quê?”

- “Virilha.”

- “Normal ou cavada?”

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- “Cavada mesmo.”

- “Amanhã, às… deixa eu ver…13h?”

- “Ok. Marcado.”

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.

Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando.


Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- “Querida, pode deitar.”

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura.


Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus , era O

Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- “Quer bem cavada?”

- “…é … é, isso.”

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- “Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- “Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- “Pode abrir as pernas.”

- “Assim?”

- “Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.”

- “Arreganhada, né?”

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar.


Tinha medo de que doesse mais.

- “Tudo ótimo. E você?”

Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.

O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.


Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- “Quer que tire dos lábios?”

- “Não, eu quero só virilha, bigode não.”

- “Não, querida, os lábios dela aqui ó.”

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia.

Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- “Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.”

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- “Olha, tá ficando linda essa depilação.”

- “Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.”

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. - “Me leva daqui, Deus, me teletransporte”. - Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- “Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?”

- “Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.”

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da puta arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- “Vamos ficar de lado agora?”

- “Hein?”

- “Deitar de lado pra fazer a parte cavada.”

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- “Segura sua bunda aqui?”

- “Hein?”

- “Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.”

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê… Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- “Tudo bem, Pê?”

- “Sim… sonhei de novo com o fiofó de uma cliente.”

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu twin peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até aliviava minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?

Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- “Vira agora do outro lado.”

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A bruaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?

Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- “Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.”

- “Máquina de quê?!”

- “Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.”

- “Dói?”

- “Dói nada.”

- “Tá, passa essa merda…”

- “Baixa a calcinha, por favor.”

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha!!!…como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cú. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

” - Prontinha. Posso passar um talco?”

- “Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.”

- “Tá linda! Pode namorar muito agora.”

Namorar…namorar… eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso . Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

Texto de autoria desconhecida.

domingo, 22 de agosto de 2010

Suicídio é covardia

O suicídio é o ato mais babaca do mundo. Por mais que existam incertezas e decepções na vida, nada justifica alguém tirar algo que é único. Além de ser egoísta, por não levar em conta a dor que as outras pessoas vão sentir por conta de sua morte, o suicida, antes de qualquer coisa, é um covarde.

Esta semana pude acompanhar de perto a dor de uma família que sofreu com a morte de um ente querido. O corpo da mulher foi encontrado dentro de uma mata na região metropolitana do recife.

Fui até o local, que é de difícil acesso, e junto com os policiais militares vi o corpo de uma mulher de 36 anos, vestida, sem sinais de violência, com sangue escorrendo pelas narinas e ouvidos e com várias caixas de remédio de uso controlado vazias ao lado do cadáver.

A mulher era engenheira de uma empresa estatal, solteira e morava com a mãe. Segundo a família, ela não apresentava sinais de depressão e todos foram pegos de surpresa com a notícia do suicídio.

Na última sexta-feira o vocalista da banda inglesa Ou Est Le Swimming Pool, Charles Haddon, de 22 anos, morreu durante o festival, depois de ter escalado um poste atrás do palco principal do festival Pukkelpop, realizado na Bélgica, e se atirado. Ele foi encontrado morto no chão do estacionamento, logo após a apresentação do grupo.

Enquanto Ian Curtis, do Joy Division e Kurt Cobain, do Nirvana, não aguentaram a pressão da fama precoce, segundo a imprensa especializada, com Charles o processo se deu pela possibilidade da fama.

Com isso, ou banda vai cair em imenso ostracismo ou vai vender mais álbuns agora, em uma espécie de celebração mórbida a mais um ato pseudo-heróico de uma estrela do rock.


Respeito a opinião dos góticos, emos e até sei que a depressão é uma doença séria e que precisa de tratamento mais do que especializado, mas como já escrevi no início do texto: Nada justifica uma suicídio.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Jornalistas na pauta dos candidatos

Esse blog é de um malokero. Arrumado, mas malokero. Será que este espaço se enquadra na lista de blogs que o candidato José Serra chamou de sujo?

Bem, ao ser perguntado por jornalistas quais eram os tais blogs sujos que, segundo ele, o governo Lula financia o candidato tucano não quis responder.

A declaração foi feita durante discurso no 8º Congresso Brasileiro de Jornais. Serra afirmou, ainda, que o governo faz "patrulhamentos e perseguições sistemáticas" a jornalistas.

"Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como por exemplo da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido."

Acredito, sendo bem corporativista, que quanto mais vagas para jornalistas no mundo melhor. Que a TV Brasil tem uma audiência medíocre é obvio. Mas não dá para dizer que tenha uma programação ruim, muito pelo contrário, o que não existe é uma ação de marketing tão eficiente quanto à dos políticos em época de eleição, para que a TV estatal seja vista como a oitava maravilha do mundo.

E não digo isso para defender o PT ou quem quer que seja, mas sair falando bobagens em época de eleição é fácil.

Em seu discurso, nesta quinta-feira, Serra fez críticas diretas à candidata do PT, Dilma Rousseff, e ao PT por defenderem o "controle da mídia", que segundo ele, nada mais é do que censura e restrição à liberdade de expressão.

Ora caro Serra, o novo presidente da TV Cultura, João Sayad, é muito amiguinho seu. Coincidência ou não, todos os jornalistas que questionaram o candidato do PSDB, sobre os altos preços de pedágios cobrados no estado de São Paulo, saíram da emissora. E até, o cúmulo de tirarem do ar uma matéria sobre o assunto foi feito.

E o Malokero Arrumado quer deixar claro algumas questões:

1 - Esse blog é pessoal e por isso não é imparcial.
2 – O dono do blog não irá votar, para a presidência da república, nos dois candidatos que estão liderando as pesquisas.
3 – Não irá votar neles, mas torce que Tiririca e Reginaldo Rossi sejam eleitos, para que o caderno de política dos jornais fique, no mínimo, mais engraçado.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O absurdo nas leis americanas

Atualmente não há lei mais comentada em nosso país varonil do que a tal Lei da Ficha Limpa, a qual impede, que políticos larápios que tenham processo julgados, participem da “festa da democracia. Para muitos, essa será uma lei que “vai pegar”(compactuo do princípio que lei tem de ser cumprida, seja ela qual for). Mas nos EUA, onde as pessoas se consideram muito inteligentes existem leis que com certeza não vão pegar.

Turistas e moradores do município de Sullivan’s Island, na Carolina do Sul (EUA), que caminharem pelas ruas cantarolando ou assobiando, uma bela ou horrível canção, podem tomar uma multa de até US$ 500 (quase R$ 900) . A Câmara Municipal aprovou inicialmente uma lei que torna ilegal “qualquer pessoa que grita, buzina, apita ou canta em vias públicas” e analisa o projeto novamente, após passar por alterações, nesta terça-feira.

Mas a lei que proíbe de forma extrema os ruídos emitidos por qualquer pessoa não é um previlégio de Sullivan’s Island. As cidades de Richton Park, em Illinois, Florence, no Kentucky, e La Mirada, na Califórnia, estão entre as que proíbem assobios ou cantorias.

Lembro de há alguns meses ter participado de uma coletiva do Ministério Público de Pernambuco onde o órgão propôs que a população denunciasse casos de poluição sonora no estado prometendo um arecompensa de até R$ 2 mil. Digamos que esta proposta (que não é lei!) é uma forma simplificada do extremismo ianque.

Já pensou em ser dedurado pelo seu vizinho por estar cantoralando aquela bossa nova no início de uma manhã ensolarada? Mas esta não é a lei mas esdruxula nas terras de Barack Obama. Vejamos algumas:

- Miami (Flórida)-
É proibido imitar sons de animais. (Coitados dos pais que precisam contar histórias para os filhos dormirem!)

- Illinois - Todo veículo deve ser dirigido com o uso do volante. (As motos de lá devem ser bem interessantes!)

- Kansas - É proibido montar em búfalos nas ruas. (Ainda bem que o Kansas não é Marajó!)

- Wyoming - É proibido tirar fotos de coelhos, entre janeiro e abril, sem uma licença especial. (Coelhos metidos esses, hein?!)

- Pacific Grove (Califórnia) -
Pessoas que molestarem ou ameaçarem borboletas podem levar multas de até US$ 500. (Esses abusadores de invertebrados indevesos...!)

- Nova Orleans (Louisiana) - É ilegal amarrar um jacaré a um hidrante. (O que aconteceu com os cachorros de lá?!)

- Virginia - É proibido fazer cócegas em mulheres. (Nos homens é tudo liberado, né?!)

- Chico (Califórnia) - Pessoas que explodirem uma bomba nuclear em seu território podem levar multa de US$ 500. (E quem vai aplicar a multa?!)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

As freiras que plantam maconha

Já vi notícias sobre igreja evangélica que tem uma ex-atriz pornô como pastora ou uma seita onde um bando de gente vestida de verde e branco fica girando dentro de um salão sob o efeito de um chá feito a partir de plantas da selva amazônica, mas um convento onde as freiras cultivavam maconha foi a primeira vez.

Duas freiras da cidade de Masaka, em Uganda, foram detidas pela polícia por cultivarem na horta do convento onde moram uma plantação de Cannabis Sativa.


As irmãs Natenza e Rita resistiram à prisão alegando que os policiais não tinham uma permissão prévia para entrarem no convento.

Uma das freiras argumentou que a plantação não era cultivada para consumo das religiosas, mas sim para a alimentação dos animais do convento, especialmente os porcos.

A dupla foi solta depois de serem advertidas sobre a proibição de maconha no país.


Alguns amigos ateus, após lerem este post, irão se converter ao catolicismo e experimentar a carne de porco servida em Uganda, principalmente os cultivados em centros religiosos.

E eu que pensava que além da Holanda, alguns países da África também tinham adotado a liberação do consumo da erva. Acho que sou tão ignorante quanto as pobres freirinhas!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O perigo de uma mulher mal comida


Todo homem sabe que as mulheres são os seres mais imprevisíveis do planeta Terra. Ai daquele que contraria a vontade feminina, está fadado a uma grande desgraça, inclusive a morte.

Acha que é exagero? Observe o que ocorreu no final do mês passado na cidade de Sumaré, em São Paulo.


Por volta das oito da manhã de um dia nublado, como é de costume naquela região do país, um homem foi esfaqueado nas costas pela namorada. Motivo: Ele se recusou a ter relações sexuais com ela.

Segundo a polícia, a vendedora, de 31 anos, ficou nervosa após se insinuar para o namorado e não ser correspondida.

Então meus camaradas, muito cuidado quando chegar com aquela desculpa que teve um dia cheio no trabalho e está cansado. Quando você se virar para dormir, pode ser que acorde com algum instrumento metálico nas costas.

E meninas, relaxem! Se um não quer, tem um monte por aí que podem satisfazer esse instinto tão feroz que há dentro de vocês.

sábado, 29 de maio de 2010

101 utilidades para um vestido de casamento

Desde que me casei escuto aquelas mesmas piadas sem graças dos amigos solteiros dizendo que sou um cara acorrentado, que se casamento fosse bom Jesus não teria morrido solteiro e todas essas baboseiras de todos os caras que acham que vão viver de farra e transar com prostitutas o resto da vida.

Bem, pretendo nunca me separar da minha amada esposa, mas se isso um dia vier acontecer espero ter o meso espírito esportivo (ou de porco) do americano Kevin Cotter.

Após passar 12 anos casado sua ex-mulher fez a malas e decidiu ir embora deixando para trás o vestido de casamento. Ao questionar a ex-companheira, sobre o que ele iria fazer com aquela roupa ele recebeu a sonora e mal educada resposta: "faça o que você quiser!". E foi o que Kevin fez.

Para curar a mágoa, ou simplesmente para aloprar com a situação, o marido abandonado resolveu mostrar 101 maneiras inusitadas de usar o traje matrimonial.

Cotter transformou os metros de tecido em tapete para aula de ginástica, pano de prato, pano para engraxar sapatos e até cobertor para proteger o chão de respingos de pintura.

Se você quiser conferir todas as utilidades que o rapaz arrumou para vestido que um dia foi da sua amada basta clicar aqui e ver o blog do cara.

Procurada pela imprensa americana, a ex-mulher de Cotter afirma não guardar mágoas dele pelas brincadeiras feitas com o seu antigo vestido e espera que ele seja feliz.

Diante disso só pode dizer uma coisa:

- “Van, pode ficar tranquila porque as roupas do nosso casamento foram alugadas!”
.

sábado, 15 de maio de 2010

Gilmour e o seu violão

Há muito tempo que não escrevo sobre música neste espaço virtual. Não que eu tenha deixado de lado uma das minhas grandes paixões, muito pelo contrário, a cada dia que se passa ouço mais músicas e dos mais diversos gêneros.porém acabo me deleitando mesmo é com velharia.

Como bom pirata da web, em uma das minhas caças ao tesouro da rede acabei me deparando com um show semi-acústico de 2001 do David Gilmour, eterno guitarrista do Pink Floyd, e há 15 dias não toca nada diferente no meu mp3 player.


Ouvir novas versões de “Shine On You Crazy Diamonds”, “Wish You Were Here” e “Confortably Numb” (esta última com a participação do Bob Geldof, que é o protagonista do Filme “The Wall”) me deu uma nostalgia que a muito não sentia. Não que eu tenha meus 60 anos, já esteja barrigudo e com os cabelos brancos.


A saudade bateu de minha época de ginásio, quando estava na sétima série e ia para casa de um amigo beber o uísque do pai dele escondido e ouvir os vinis do Pink Floyd.


Por conta dessas versões desplugadas de clássicos de décadas atrás tirei a conclusão que a banda de Gilmour e Waters continuará futurista mesmo daqui há a quarenta anos.


Fora as canções eternizadas pelos pais do psicodelismo, o disco gravado durante um concerto no Metdown Festival, em 2001, na cidade Londres, traz músicas belíssimas como “Smile”, e a interpretação de “Je Crois Encore Entender” da ópera de Bizet The Pearl Fishers.

Se ficou curioso e afim de baixar essa pérola de quem gosta de boa música, clique aqui.

Atenção: O perigo é você não conseguir escutar mais nada durante um mês

Só para dar vontade de baixar logo tudo, assista o vídeo abaixo.

domingo, 9 de maio de 2010

Corno 3D


Soldados, marinheiros, caminhoneiros e inclusive jornalistas correm o risco de encontrarem a cama quente ao chegar em casa por passar muito tempo trabalhando. Afinal, quem não dá assistência perde para concorrência, já dizia uma comunidade no Orkut.

E para livrar da situação a mulher pode inventar qualquer desculpa, cabe ao corno acreditar ou não. Mas para tudo tem limite. Inclusive para cara de pau e para a inocência.
Vejamos o caso a seguir:

Um casal branco americano teve um bebê negro e a mulher diz que engravidou assistindo a um filme pornô 3D. O pai da criança, o soldado Erick Jhonson, estava há um ano servindo numa base militar no Iraque e, quando voltou para casa encontrou um bebê negro. Sua mulher, Jennifer Stweart, de 38 anos, disse a ele que a criança foi concebida enquanto ela assistia a um filme pornô em três dimensões.

"Não vejo por que desconfiar dela. Os filmes em 3D são muito reais. Com a tecnologia de hoje tudo é possível", disse Erick, que registrou a criança. O bebê, segundo ela, se parece com o ator negro do filme. "Um mês depois de ver o filme eu comecei a sentir enjôos e o resultado está aí. Vou processar o cinema e os produtores. Ainda bem que meu marido acreditou em mim. Meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", disse.

Se você não está conseguindo acreditar no que leu nas linhas acima, fique tranqüilo. É tudo mentira mesmo. Encontrei este texto em um portal onde jornalismo mentira é a fonte principal.

Vale a pena entrar no Sensacionalista, um site isento com a verdade.

sábado, 24 de abril de 2010

Desemprego leva a morte

O que pode acontecer com um jovem que terminou os estudos e não tem nenhuma perspectiva de arrumar um emprego na área que passou boa parte da sua vida sonhando em ingressar?

Para a britânica Vicky Harrison, de 21 anos, o desemprego levou a morte. Descrita pela família como determinada e inteligente a jovem se sentiu “humilhada e envergonhada” depois de passar dois anos tentando arranjar um trabalho e receber centenas de cartas de rejeição.

Segundo o pai de Vicky, A jovem se formou na escola com boas notas e passou um ano estudando cinema e mídia em uma universidade em Londres antes de decidir tentar a sorte no mercado de trabalho.

Sem obter sucesso na investida na capital da Inglaterra, a garota voltou à casa dos pais em Darwen, no condado de Lancashire. Ela tentou empregos nas mais diversas áreas, desde vendedora de lojas, garçonete e atendente de cantina escola. A jovem não tinha histórico de depressão, mas ficou chateada com a falta de sucesso no mercado de trabalho.

Após receber mais uma carta de rejeição de uma creche, um dia antes de receber o cheque semanal do seguro-desemprego (cerca de R$ 120 por semana), Vicky foi encontrada na sala da sua casa, desacordada e com várias caixas de remédios ao redor. A perícia revelou que o suicídio foi causado por overdose de medicamentos.

Como último gesto deixou três bilhetes de despedida encaminhados ao pai, a mãe e ao namorado – na qual declarou “não quero mais ser eu”.

Agora a família busca forças para criar uma fundação no nome de Vicky Harrison para ajudar jovens desempregados a lidar com o problema.

Um inquérito sobre a morte da jovem britânica será aberto no próximo dia 9 de junho.

Se no Reino Unido é assim, por aqui os gestores públicos devem deixar a disposição antidepressivos nos postos de empregos ao redor do país.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mulheres nuas fazem os negócios crescerem

Para uma empresa que está começando nada melhor do que uma ação promocional para alavancar o nome da marca. Estou cansado de ver inauguração de lojas com sorteios de brindes, shows para crianças, mas até hoje ainda não vi uma campanha tão boa quanto à de uma loja de computadores na cidade Bratsk, na Rússia.

Para atrair consumidores de tecnologia a empresa promoveu uma sessão de striptease em praça pública, durante o dia no começo deste mês.

A empresa contratou dançarinas de todos os tipos, loiras, morenas e ruivas, e as fez arrancar a roupa enquanto um apresentador promovia os produtos para os nerds punheteiros que não sabiam se prestavam atenção nas gostosas russas ou no novo Iphone G4.


Homens, crianças e mulheres de Bratsk se reuniram em praça pública para assistir ao show. Muitos filmaram tudo de seus celulares.

E ainda dizem que a publicidade brasileira é uma das melhores do mundo. Mentira! Eles até podem ter idéias como estas, mas nunca as colocam em prática.

Bem que algum bar aqui em Recife poderia aderir à idéia da loja russa. Com certeza seria uma das inaugurações mais concorridas da cidade.

sábado, 17 de abril de 2010

Empresa promete o fim dos cofrinhos

Uma empresa de Wisconsin, nos Estados Unidos, inventou um produto que promete ser a salvação dos encanadores gordinhos e das menininhas que adoram usar calças bem baixas.

Aqueles que perdem a noção do tempo ao ver o cofrinho alheio revelado por uma blusa curta não vou gostar da camiseta mais comprida feita pelas americanos que visa evitar certos horizontes inesperados.

Este artigo, que parece ser idéia das Organizações Tabajara, e chamada de Longtail (algo como "camiseta de cauda longa"), mede é cerca de 7,5 centímetros a mais na região da barra. Segundo a empresa Duluth Trading, o produto oferece mais conforto aos trabalhadores que necessitam de uma proteção maior entre a coluna e a cintura.

E para quem pensou que esta é uma idéia bizarra, que nunca daria certo em canto nenhum do mundo, saiba que a Duluth deverá alcançar a marca de um milhão de peças vendidas ainda este mês. E para comemorar os resultados, a empresa vai oferecer a todos os encanadores e trabalhadores do ramo uma Longtail de graça no dia 25 de abril.

Então, se você precisa deste artefato de precaução fashion, corra para garantir a sua peça o mais rápido possível.

Eu juro que continuarei depositando moedas de cinco centavos nos cofres alheios que insistirem em se exibir a minha frente.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Peitos Assassinos

Alguns leitores deste blog devem achar que eu tenho mania de perseguição com gordos e ingleses. Juro que não é isso. Mas o que eu posso fazer se tudo que é mais grotesco no mundo acontecem com pessoas acima do peso ou que nasceram na terra da rainha Elisabeth?

Veja abaixo o que acontece quando a história é com um obeso britânico.

Neste caso uma obesa.


Claire Smedley, de 27 anos, tem como maior atributo o seu busto. Para muitos, essa fartura mamária seria um deleite para predileções sexuais em geral, mas para ex-noivo da moça, o jovem Steve, os imensos dotes da sua antiga amada quase o levou a morte.


Eis que no auge da prática do esporte sem uniforme, Claire meteu os peitos na cara do seu, então, namorado fazendo com que ele perdesse o fôlego e os sentidos.

"Ele começou a me bater, mas achei que ele estava excitado, então eu continuei. Alguns minutos depois, ele parou de se mexer", disse a mulher.


“Achei que a minha hora tinha chegado", brincou Steven, também de 27 anos, que disse ter tentado bater no braço de Claire justamente por causa da falta de ar. "Só lembro que acordei com ela sentada em cima de mim perguntando se eu estava bem. Acho que apaguei", explicou.


Não se sabe se por conta deste fato, mas Claire e Steve terminaram o relacionamento.

Diante deste caso rapaziada, muito cuidado na hora de pedir ou fazer uma espanhola para alguém. Certamente o papai e mamãe é sempre mais seguro. Na dúvida, é bom consultar o Kamasutra para gordinhos.

domingo, 14 de março de 2010

Rebolation Cover


O detalhe é que todos os "Músicos" deste vídeo tocam em bandas de Rock.

Dúvida: Então confira


Com certeza o bairro de Candeias não tem preconceito com (quase) nada

sábado, 6 de março de 2010

Post motivacional

Como já dizia um amigo meu “tudo na vida parte da motivação.” Ok, essa frase é típica de estudantes de psicologia e educação física, mas em certos casos são bem coerentes.

Vejamos o caso de Alan e Jan Coup. Somado o peso do casal chegava a 241 quilos e só decidiram perder peso após passar por um grande constrangimento dentro de uma aeronave.

No voo que partiu Southampton para Guernsey, na Inglaterra, os gordinhos já se sentiram desconfortáveis ao esbarrar nas cadeiras e nos outros passageiros. "A gente se apertou para chegar aos nossos assentos, esbarrando nos braços das pessoas, até que sentamos e pusemos os cintos de segurança", disse Alan Coupe.

"A comissária de bordo veio e disse que tinha muito peso naquela área do avião, e pediu para um de nós sentar em outra cadeira", lembra Jan. "Depois que Alan levantou, fiquei sozinha , envergonhada, quase aos prantos e desejando nunca ter pego aquele avião." Mas foi o momento de humilhação que incentivou o casal a mudar os hábitos e emagrecer. Juntos, eles perderam 95 quilos.

Mas não foi só a imagem no espelho que mudou. A opinião de Alan e Jan sobre como passageiros acima do peso devem ser tratados pelas companhias aéreas também mudou bastante.

"Se tivessem me pedido para pagar a mais na época em que estava gorda, eu definitivamente não teria aceito", disse Jan, se referindo a uma taxa para passageiros acima do peso, defendida por algumas empresas aéreas.

"Mas agora, depois de ter emagrecido, posso ver os dois lados da história e entendo por que as empresas gostariam de cobrar uma taxa. Eu não gostaria de me sentar ao lado de alguém que estivesse ocupando espaço no meu assento." A Organização Mundial de Saúde estima que haja um bilhão de pessoas acima do peso no mundo e, entre elas, 300 mil seriam obesas.

Bem, após esta comovente história de pessoas que tem um nível alto de tecido adiposo, espero ser barrado em alguma festa exclusiva para pessoas com mais de 80 kg para tomar vergonha na cara e engordar

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O elogio vem de onde menos se espera


Uma das coisas mais legais (ou não) em ser repórter de rádio é que você não setorizado.

Tanto faz em um dia você está entrevistando um ministro de Estado, um jogador de futebol, como no outro está dentro de uma favela conversando com pessoas que perderam tudo na última enchente.

Mas uma das coisas que faço por ser parte do ofício são as matérias que envolvem polícia, delegacia e crimes banais. Em muitas vezes histórias hilariantes podem acontecer em um distrito policial.

Certa vez seguia a pauta tranquilamente em uma bela tarde de sol da capital pernambucana, eis que de repente o celular toca e vejo que é da redação da rádio. Penso: “A pauta virou!”

Nada de muito extraordinário. Em uma ação de fim de ano, a Fiscalização de Comércio Popular, o famoso Rapa, fazia mais uma ação para inibir a venda ilegal de produtos nas ruas do centro do Recife, quando um dos ambulantes reagiu contra os homens da prefeitura e o pau comeu.

Como já diria Bezerra da Silva, “Sururu formado”, todos para delegacia dar explicações ao senhor delegado.

Do lado fora da delegacia fui recepcionado por olhares desconfiadíssimos dos quatros homens do Rapa. Lá dentro, mos dois PM’s faziam o boleteim da ocorrência. Ninguém da imprensa no local... Destino primeiro andar para falar com o delega.

A porta entreaberta da sala do comandante máximo daquele recinto foi um convite a adentrar o espaço.

- Ih rapaz, vocês da rádio de novo aqui! – falou meio injuriado, o delegado que não tem fama de ser muito cortês com jornalistas, porém nunca teve nenhum problema com o repórter magricelo que estava em sua frente – o que foi dessa vez?

- Tá sabendo não doutor? – questionei – confusão lá no centro com os camelôs.

- Nada! Isso foi besteira. Quando o Rapa chegou lá ele quis dá uma de valente, levou uma surra e daqui a pouco vou ouvir o que ele tem a dizer. Enquanto isso pode ir lá embaixo falar com ele.

Como sugerido, lá vou eu com maior sentimento de Severino de Aracajú (cangaceiro do filme O Auto da Compadecida, da célebre frase “Mato, mas não gosto!) entrevistar o acusado.

Uma das coisas que mais odeio é ter que conversar com bandido, que na maioria das vezes, acha que jornalista é otário e mente na cara de pau sabendo que você não acredita em uma só palavra do que ele diz.
Pensando eu que iria achar um cara com o maior jeito de bandido, encontro um indivíduo albino, de no máximo 1,60 m, com um corte na boca e outro nos pés.

Mal me aproximei e ele já foi falando com uma voz embargado de choro.

- Mermão, safadeza o que fizeram comigo. To lá na minha trabalhando os caras chega e quebra meu isopor.

- O que é que você vendia lá no centro?

- Pipoca e água mineral, mas os caras já chegaram quebrando tudo. Eu sou trabalhador tenho que levar meu pão pra casa.

- Certo. Segundo a polícia você reagiu e ameaçou o pessoal da prefeitura com uma faca.

- Reagir quando comecei a apanhar.

- E por que você estava com uma faca?

- Eu uso pra quebra o gelo no isopor.

- Sei, você já foi preso uma vez, não foi?

- Foi. Passei um ano fechado.

- Por quê?

- Disseram que eu roubei a casa da mulher, mas eu não roubei não.

- Tu usa droga?

- O que é que isso tem haver?

- Nada. É porque tu ta com o olho meio vermelho, mas só curiosidade mesmo.

- Dou uma bola, né véi, mas num sou aviciado não.

- Certo. Quer dizer mais alguma coisa?

- Sou inocente, trabalhador. Sou ladrão não e não devo nada pra ninguém.

Depois, ainda entrevistei o pessoal da prefeitura que contaram, exatamente, a mesma história que já tinha ouvido do delgado e fui embora sabendo que aquilo dali não iria dar em muita coisa.

Aproximadamente um mês e meio depois do ocorrido, estou eu em mais uma noite na parada do ônibus esperando o coletivo para voltar para casa quando de longe vejo o homenzinho sem pigmentação na pele com uma caixa dde isopor embaixo dos braços.
Após um breve aceno de cabeça correspondido ele se aproxima e diz.

- Queriam armar uma cocó pra cima de mim naquele dia.

- E aí, ddeu em quê aquela história – perguntei.

- Fizeram um tal de TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência) lá, e depois eu lavrei.

- Sei. Bom para você, né?

Nos longos quinze minutos que se passaram até o meu ônibus passar, o pequenino albino me contou boa parte da sua história, que mora na rua desde pequeno, mas nunca pegou nada de ninguém. Que conhece muita gente ruim, já presenciou várias coisas e até da morte já escapou várias vezes.

O tom alto que ele contava todas as odisséias chamava a atenção das várias pessoas que estavam no ponto do ônibus, o que me deixava de certa forma desconfortável.

- Lá vem meu ônibus, boa sorte aí nas vendas.

- Então repórter! Vai lá que tu é a maior limpeza! – Bradou o baixinho.