quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Notícias do esporte (muito além do futebol)

Ao declarar que foi molestada sexualmente na infância pelo seu treinador, a nadadora Joanna Maranhão levantou uma grande polêmica na imprensa esportiva nacional. Casos como o dela, infelizmente devem acontecer com uma certa frequência nas piscinas do país. Mas a pergunta que não cala é: Por que só agora, onze anos após o ocorrido, é que o assunto vem à tona? Segundo a própria atleta isso fez parte do tratamento psicológico dela, desta maneira ela consegueria espantar as lembranças que a agustiavam durante todos esses anos.
Pensemos na seguinte hipótese. Se Joanna não consegiur índice para as olimpíadas de Pequim este ano, alguém dúvida que o caso do abuso não voltará a ser comentado? como qualquer outro resultado negativo pode ser relacionado com o fato ocorrido na infância da pernambucana.

Nesta terça-feira (12/02/2008), a Mãe da nadadora, Terezinha Maranhão, resolveu divulgar o nome do técnico que teria molestado Joanna. Eugênio Miranda, era o então treinador de Joanna no Clube Náutico Capibaribe e atualmente estava trabalhando em um colégio particular em Olinda e foi logo demitido após as declarações da atleta.

Outra pergunta que nos vem logo a cabeça quando pensamos nisso é: Se o técnico Eugênio Miranda não pode mais ser processado, pois na época Joanna era de menor e agora já tendo 20 anos a lei não permite que se puna o possível agressor, e não foi denunciado na época, por que revelar seu nome agora? Não que crimes como esses não devam ser punidos, pelo contrário, na mínima suspeita a família deve levar o caso a polícia e aos órgaos responsáveis. A atleta pernambucana já conseguiu feitos notáveis durante toda sua carreira esportiva , se pessoalmente isto pode er sido um alívio para ela, profissionalmete toda essa polêmica ainda irá acompanha-la por muito tempo.

Na mesma terça-feira das declarações da mãe de Joanna, na Costa do Sauípe, o maior tenista que o Brasil conheceu começou sua turnê de despedida do esporte. Gustavo Kuerten ganhou o respeito mundial pela sua garra e luta dentro das quadras e na sua simplicidade fora delas. A imagem nunca vista antes do tênis, um esporte tão burocrata e tradicional, se espantou no final do século XX, quando um sulamericano cabeludo,magricelo com jeito de surfista, se destacou com sua roupa colorida em meio aos uniformes brancos dos demais jogadorese e com títulos jamais conseguidos por nenhum outro atleta brasileiro neste esporte.
Guga conseguiu popularizar o tênis de uma forma nunca imaginada no Brasil antes. Ele que foi número 1 do raking da ATP por quase um ano e fez com quem as sempre silenciosas quadras parecessem estádiso de futebol em dia de clássico com direito a ôla e xingamento ao adversário.

A sinceridade das palavras e gestos de Guga no discurso feito após a eliminação do aberto do Brasil comoveram tanto atleta como o público. A contusão no quadril foi real motivo da aposentadoria do catarinense. Génio como sempre foi, Kuerten se despediu com uma franqueza de machucar o coração de qualquer um. "Não é porque eu não queira, é porque eu não consigo mais jogar."

Ah! se o Romário tivesse a mesma consciência...


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Literatura e o óbvio: O mundo é uma bola

Ler alguma resenha sobre literatura nos jornais é uma tarefa das mais martirizantes para alguém que procura informação sobre uma boa leitutura.

Geralmente os caras que escrevem essa parte do jornal tem uma prepotência que fica clara em seu texto. As vezes penso cá com meus botões. "Será que alguém, fora esse jornalista, gosta do que ele escreve? (!)"

Sei que existe gosto pra tudo no mundo, e tento respeitar a todos, mesmo que alguns me ofendam. Esses críticos literários me ofendem a cada vez que usam aqueles termos Supracoloquiais. Ok!, os imortais da ABL devem adorar - um dia chego lá.

Falerei sobre um livro aqui, e juro que tentarei ser o menos piegas (como fala uma professora minha) possível.

Seria imaginável um senhor nascido na burguesia americana ser apaixonado por futebol? Sim, futebol. O nosso, jogados com os pés, não o deles. O deles é super (já repararam na mania americana de ser Super, Superbowl, Super-Terça, Superman). Voltando... Franklin Foer é esse senhor. Jornalista político e torcedor fanático do Barcelona, Foer consegue explicar o processo de globalizacão do mundo fazendo um paralelo com o futebol.



COMO O FUTEBOL EXPLICA O MUNDO (JORGE ZAHAR EDITOR LTDA) - Não é um livro sobre futebol, mas dificilmente alguém que não ame esse esporte poderá entendê-lo. A narrativa faz com que o leitor possa esclarecer fatos que ocorreram com a civilização moderna, de uma forma simples e objetiva. Foer mostra que a globalização, ao contrário do que muitos pensam, pode até ascender o nacionalismo de alguns povos. Gangsters sérvios, hooligans ingleses, cartolas que lucram com o ódio entre protestantes e católicos na irlanda, Corruptos dirigentes brasileiros, nigerianos que jogam na Croácia, fanáticos catalãos, magnatas italianos. Todos estes personagens, dentre outros, saó usados para explicar o mundo em que vivemos e culpa a processo de globalização tem em tudo isso.

Você deve fazer a mesmo questionamento que eu fiz quando li as primeiras páginas do livro. Para um americano falar de globalização no futebol deve ser muito fácil, ele é fruto de uma superpotência (tá ficando ruim falar de EUA sem usar o superlativo...) que impõem um modo de pensar em todo o mundo. Porém parei e pensei, a maior frustração dos americanos deve ser o fato de não poderem dominar o esporte mais popular do mundo. Eles tem que se contentar com aqueles esportes esquisitos, que só eles mesmo curtem. Deve ser horrível ser americano e ser apaixonado pelo nosso futebol. Ter que ser engolido pela grande mídia ianque, tendo que correr para canais de Tv à cabo pra saciar sua paixão. Provavelmente não deve ser fácil também ser apaixonado por futebol americano em terras tupiniquins.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Start: Já é carnaval

Graças a Deus moro em Pernambuco. São que sou gosto de carnaval. E nesta sexta-feira comecei com tudo na folia de Momo.

Carnaval não pode se brincar. Tem que ser levado a sério, senão corre o risco de perder o melhor da festa.

O show que abriu meu carnaval foi do pluralíssimo Silvério Pessoa, que levou ao palco os convidados Lula Queiroga, Fernando Aniteli (Teatro Mágico), Paulo Miklos e Mano Chao.
Frevo, ciranda e reggae. Essa salada deu início aos trabalhos deste folião. Silvério começou seu show com o mais pernambucanos dos ritmos, o frevo, que foi responsável por grande parte do repertório do show. Algumas músicas de Silvério ganharam novos arranjos feitos pelo Maestro Spok, com uma levada mais Jazz fundida com um groove bem marcado.

Os convidados foram um show a parte. Lula Queiroga mandou frevo ao lado do anfitrião e amigo de outros carnavais. O paulista Fernando Antineli cantou cirandas com Silvério, a dupla repetiu o encontro dos dois shows do Teatro Mágico em Recife, onde cantam junto a música "Camarada d´água". Paulo Miklos botou todo mundo pra dançar com os hits "Sonífera Ilha" e "Bichos Escrotos" que caiu muito bem para o clima festivo do show. Como já era de se esperar, participação do Francês Mano Chao. Com um grande carisma o cantor mandou três música seguidas ao lado de Silvério, só não tocou "Clandestino", frustrando este blogueiro.

Depois do carnaval darei mais notícias sobre este carnaval, se aguentar até lá.