domingo, 22 de agosto de 2010

Suicídio é covardia

O suicídio é o ato mais babaca do mundo. Por mais que existam incertezas e decepções na vida, nada justifica alguém tirar algo que é único. Além de ser egoísta, por não levar em conta a dor que as outras pessoas vão sentir por conta de sua morte, o suicida, antes de qualquer coisa, é um covarde.

Esta semana pude acompanhar de perto a dor de uma família que sofreu com a morte de um ente querido. O corpo da mulher foi encontrado dentro de uma mata na região metropolitana do recife.

Fui até o local, que é de difícil acesso, e junto com os policiais militares vi o corpo de uma mulher de 36 anos, vestida, sem sinais de violência, com sangue escorrendo pelas narinas e ouvidos e com várias caixas de remédio de uso controlado vazias ao lado do cadáver.

A mulher era engenheira de uma empresa estatal, solteira e morava com a mãe. Segundo a família, ela não apresentava sinais de depressão e todos foram pegos de surpresa com a notícia do suicídio.

Na última sexta-feira o vocalista da banda inglesa Ou Est Le Swimming Pool, Charles Haddon, de 22 anos, morreu durante o festival, depois de ter escalado um poste atrás do palco principal do festival Pukkelpop, realizado na Bélgica, e se atirado. Ele foi encontrado morto no chão do estacionamento, logo após a apresentação do grupo.

Enquanto Ian Curtis, do Joy Division e Kurt Cobain, do Nirvana, não aguentaram a pressão da fama precoce, segundo a imprensa especializada, com Charles o processo se deu pela possibilidade da fama.

Com isso, ou banda vai cair em imenso ostracismo ou vai vender mais álbuns agora, em uma espécie de celebração mórbida a mais um ato pseudo-heróico de uma estrela do rock.


Respeito a opinião dos góticos, emos e até sei que a depressão é uma doença séria e que precisa de tratamento mais do que especializado, mas como já escrevi no início do texto: Nada justifica uma suicídio.