Para a britânica Vicky Harrison, de 21 anos, o desemprego levou a morte. Descrita pela família como determinada e inteligente a jovem se sentiu “humilhada e envergonhada” depois de passar dois anos tentando arranjar um trabalho e receber centenas de cartas de rejeição.

Segundo o pai de Vicky, A jovem se formou na escola com boas notas e passou um ano estudando cinema e mídia em uma universidade em Londres antes de decidir tentar a sorte no mercado de trabalho.
Sem obter sucesso na investida na capital da Inglaterra, a garota voltou à casa dos pais em Darwen, no condado de Lancashire. Ela tentou empregos nas mais diversas áreas, desde vendedora de lojas, garçonete e atendente de cantina escola. A jovem não tinha histórico de depressão, mas ficou chateada com a falta de sucesso no mercado de trabalho.
Após receber mais uma carta de rejeição de uma creche, um dia antes de receber o cheque semanal do seguro-desemprego (cerca de R$ 120 por semana), Vicky foi encontrada na sala da sua casa, desacordada e com várias caixas de remédios ao redor. A perícia revelou que o suicídio foi causado por overdose de medicamentos.
Como último gesto deixou três bilhetes de despedida encaminhados ao pai, a mãe e ao namorado – na qual declarou “não quero mais ser eu”.
Agora a família busca forças para criar uma fundação no nome de Vicky Harrison para ajudar jovens desempregados a lidar com o problema.
Um inquérito sobre a morte da jovem britânica será aberto no próximo dia 9 de junho.
Se no Reino Unido é assim, por aqui os gestores públicos devem deixar a disposição antidepressivos nos postos de empregos ao redor do país.