domingo, 13 de dezembro de 2009

O esperado, o supreendente e a decepção


Falar que Recife é uma cidade que respira música e blábláblá é chover no molhado. E foi por este motivo que a organização da Feira Música Brasil resolveu aportar o evento na cidade das pontes.
Desde de quarta-feira muita coisa legal rolou nos dois palcos armados no palco do Marco Zero. Algumas muito boas mesmo, outras nem tanto assim e uma expectativa bem frustrada.

Estive cobrindo o evento pela Rádio Jornal (em breve colocarei o áudio da matéria sobre o mercado mu$ical brasileiro aqui no blog) e participei mais das palestras, oficinas e debates de negócios do que dos shows propriamente.

O primeiro dia das apresentações musicais foi o único que pude conferir. Para o meu deleite a abertura da noite ficou por conta da lendária banda Black Rio, que mandou uns grooves para lá de pesados para platéia que ainda estava chegando ao recinto. Confesso que não gostei das músicas mais recentes que são cantadas. Para mim, no alto dos meus 25 anos, as músicas instrumentais do disco Maria Fumaça de 1977 deram um ar de nostalgia não vivida, mas herdada pelo meu pai.

Destaque do show foi a presença do maior expoente do rap nacional junto com o grupo Rosana Bronx. Mano Brown não deixou os fãs dos Racionais MC’s decepcionados e mandou junto com a excelente banda uma versão de Vida Loka parte I.

Quem roubou a cena da noite de quarta-feira foi a melhor banda de rock nacional na atualidade. Móveis Coloniais de Acaju fizeram a, já, cheia praça dançar, cantar, pular, ri e todas outras coisas que pessoas felizes fazem normalmente. Focando bem o último álbum, o show foi excelente se nenhum reparo a se fazer. Pena que o grande público não estava tão atento ao show dos caras. A ansiedade para participar do DVD em comemoração aos 15 anos do disco Da Lama ao Caos era tão grande que muita gente deixou de dar atenção a uma belíssima apresentação dos brasilienses.

E o que era expectativa tornou-se frustração. Já na segunda música do show, a Nação Zumbi teve que deixar o palco por problemas técnicos. E quando foi reiniciado os problemas continuavam lá. A grande dúvida do público era saber se estava correndo tudo bem com a gravação do material, pois para fora do palco o som ainda estava horrível.

Fora os problemas técnicos, versões sem empolgação e enfadonhas deram um ar de melancolia à apresentação da maior banda de rock brazuca nos anos 90. Sou fã incondicional da Nação e defendo que a banda segue a altura a qualidade musical mesmo após a perda de Chico Science, mas nunca vi um show tão ruim como o desta semana.

Resta aguardar o Carnaval onde sempre as apresentações da banda são memoráveis.

Não darei opinião sobre os outros shows, pois não assistir. Mas em breve colocarei aqui no blog uma materiazinha sobre os bastidores da feira com direito a pessoas esquisitas, quase anônimos se fazendo de quase famosos e coletivas de imprensa para não-jornalistas.

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